No Dia Mundial do Meio Ambiente reafirmamos a importância da luta sindical pela sua proteção, pelos diretos dos trabalhadores e trabalhadoras e pelo desenvolvimento sustentável.
Num planeta cada vez mais insustentável pela voracidade do capital, a classe trabalhadora deve reivindicar a agenda do desenvolvimento sustentável, dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, da defesa dos bens comuns e da participação democrática da população na definição das políticas econômicas e sociais.
No marco do Golpe de Estado contra a democracia e a legítima presidenta da república, Dilma Rousseff, os inimigos das causas ambientais, associados aos interesses do capital, do agronegócio e da mineração, se articulam com o governo ilegítimo e o parlamento golpista, para desmontar os já fracos mecanismos de proteção ambiental em favor dos que lucram com a destruição das terras, das fontes de águas e das florestas.
Estamos presenciando uma série de ataques na área ambiental contra os instrumentos de proteção como o licenciamento ambiental, através da PEC 65. O crime de Mariana é um exemplo de como é necessário aprimorar esse tipo de mecanismo de proteção, e não aboli-lo. Também é de fundamental importância garantir a participação dos atingidos, movimentos sociais e organizações da sociedade civil, para o combate a esse tipo de crime ambiental, assim como na reparação aos eventuais danos causados. Inclusive nesse momento se vislumbra a possibilidade da realização de um novo acordo para o caso de Mariana e é papel da CUT lutar para que todos esses atores e atrizes tenham espaço na sua elaboração e execução.
A lista de ameaças é longa, mas a sua visibilidade ainda é pouca. O enfraquecimento à demarcação das terras indígenas, o desmonte das leis contra agrotóxicos em favor de um modelo de agronegócio insustentável, tanto ambiental como socialmente, a elaboração de um novo código da mineração dirigida por deputados financiados por mineradoras e legislando em favor das mesmas são algumas das frentes em que precisamos estar alertas.
A ofensiva contra a democracia é também contra as causas ambientais, contra a resistência das comunidades que defendem seus bens comuns, contra a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras que lutam por locais de trabalho saudáveis e seguros e contra um programa de desenvolvimento focado na geração de trabalho decente, aumento da renda dos trabalhadores, proteção social para a população e crescimento saudável da economia.